Aceitação.

Sim, estou indignada ! Não indignada propriamente dito, ou no sentido literal de estar "bufando" pelos cantos, mas sinto aquela incomodação interior que não me deixa sequer sossegar em pleno domingo.

Estava eu a fuçar blogs novos (porque hoje eu me dei esse direito de dar um descanso pro meu cérebro e pro meu corpo também) e fiquei no ócio o dia inteiro (ah, eu lavei roupa, então não foi um dia completamente perdido, right?), pois bem... fuçando em blogs por aí e conversando com minhas amigas me deparei com a triste verdade:

Eu sou e estou infeliz...

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Simples né? Mas como assim? ESTOU infeliz pela minha atual situação, eu vejo nos blogs todas as descrições e vejo que cada uma das blogueiras é extremamente bem-resolvida e bem-sucedida em suas vidas, todas com profissões que amam, algumas com muito dinheiro, outras arrumam saídas felizes pela falta dele... mas mesmo as menos favorecidas monetariamente são extremamente felizes profissionalmente, o que me deixa extremamente infeliz por estar tão lost nesta minha vida... Paciência?

E eu SOU infeliz porque todos tem uma mãe, uma tia, uma madrinha, uma avó... Alguém especial da família que te mima e te dá presentes, que te ama, que tá sempre contigo, que faz coisas com você... Eu não tenho ninguém. Aí vocês falam "mas pera lá Tay, tu tens a tua mãe"... Sim, eu tenho minha mãe, mas às vezes é como se não a tivesse, porque ela tá sempre "muito ocupada" no computador, se eu quiser conversar tenho que ir lá no divã e falar e rezar pra ela me ouvir, eu não tenho avó, minha madrinha acho que nem lembra que eu existo... Presentinhos, mimos? Eu não consigo sequer lembrar quando foi a última vez que eu ganhei um presente da minha família... Eu "não tenho" mãe, eu não tenho contato com minhas tias... nem com ninguém...

E nestes últimos meses eu trabalhei em algo que nunca quis, e que de fato, não trouxe GRANDES benefícios pra alguém que quer se encontrar na vida, casar, ter sua família e acima de tudo, ser extremamente feliz profissionalmente... De fato, nesses últimos meses eu me perdi, perdi meu intelecto, perdi meu vocabulário, parte da minha inteligência e educação, perdi minha vontade de viver, perdi meu corpo... E descobri que estava me enfiando num burado cada vez maior.. Até que cheguei no fundo do poço (eu espero), e agora, hoje, nesse momento em particular, eu sinto uma pequena faísca de mim novamente, sinto como se estivesse me encontrando... Como se em algum lugar, eu ainda estivesse ali... E pela primeira vez, eu ainda não chorei pensando em tudo isso, pelo contrário, aceitei...

Dizem que o primeiro passo para a resolução de um problema é aceitar que você o possui, então cá estou eu, sem vergonha nenhuma ACEITANDO: Eu sou e estou infeliz, eu estou gorda, eu estou desempregada, eu estou perdida profissionalmente...  E eu vou mudar isso.

... Alguém quer uma carona?